O rápido desenvolvimento e adoção da IA – inteligência artificial – tem assombrado o mundo recentemente. Uma ferramenta criada por uma startup nos Estados Unidos, a OpenAI, democratizou o acesso a essa revolução e já está sendo amplamente utilizada.
As revoluções tecnológicas geralmente são adstritas a alguma área, como, por exemplo, o telefone (comunicações) ou os automóveis (transportes). O caso da IA é totalmente diferente, pois afetará todas as áreas de atuação humana. Inclusive a forma de atuar no mercado financeiro.
Em breve teremos discussões e definições sobre novos padrões de governança também, pois atrelados a essa agilidade em processar e trazer soluções, também vêm riscos ampliados relacionados à ética e segurança.
O setor bancário já utiliza recursos de IA há algum tempo, como, por exemplo, os atendimentos automatizados – chatbots – que substituíram boa parte dos atendentes humanos.
Mas isso irá muito mais além com as IAs generativas, que criam respostas a partir de contextos e não de scripts pré-definidos, comportando-se como um ser humano, como no caso do ChatGPT, da OpenAI, que você já deve ter experimentado por curiosidade.
Logo as corretoras começarão a lançar seus produtos baseados em IA, sendo o consultor financeiro virtual o mais provável de surgir por aí, já que análises rápidas poderão ser feitas por ele, baseadas em números do mercado fornecidos em tempo real.
Mas, tratando-se de aplicações financeiras e suas probabilidades de perdas e ganhos, montantes mais significativos de recursos financeiros ainda passarão pelo crivo de um analista humano, pois captar o “sentimento” do mercado precisará de um treinamento mais extenso e bem testado por parte das IAs, antes de se correr grandes riscos.
Para os analistas e consultores financeiros, uma IA trabalhando como copilot – ou copiloto, termo bastante utilizado para IAs que ajudam programadores a desenvolverem softwares – pode vir a agilizar as partes mais mecânicas do trabalho do dia a dia, permitindo baixar seus custos e democratizar ainda mais o acesso ao mercado financeiro.
A IA está aí e não é só moda. Ela já vem revolucionando vários setores e chegará ao seu em breve, seja ele qual for. Informar-se sobre ela será fundamental para surfar nessa onda ou ficar perdido numa ilha deserta, a ver navios.
Rogério Araujo é educador financeiro, especialista em mercado financeiro, fundador da Roar Educacional Consultoria e líder econômico pela Harvard School.
ImPauta Comunicação
Ivone Moreira – jornalista