Na reunião, foi discutida a necessidade de maior investimento público nas universidades e nos institutos de pesquisa
Comissões | Daiana Rodrigues – Foto: Carol Jacob
A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo se reuniu, nesta quarta-feira (17), para receber o secretário de Ciência, Inovação e Tecnologia do Estado de São Paulo, Vahan Agopyan. Durante o encontro, o gestor destacou os desafios do setor e o uso do orçamento estadual para o fortalecimento das universidades e institutos de pesquisa.
Além disso, o secretário prestou contas do andamento de sua gestão, bem como sobre a demonstração e avaliação do desenvolvimento de ações, programas e metas da Secretaria de Estado.
“O principal desafio que os recursos públicos trazem para a secretaria é conseguir a sinergia entre as diversas instituições paulistas. Isso é fundamental para melhorar ainda mais a área de inovação e tecnologia, incluindo as universidades, institutos federais e instituições particulares”, declarou Agopyan.
Para o secretário, sempre há uma preocupação com a questão orçamentária, porém ele destaca que o Estado de São Paulo é um dos entes federativos que mais investem em ciência, tecnologia e inovação.
“Uma fração importante [dos recursos públicos] vai para o setor. Mas o nosso grande desafio é acelerar a inovação: palavra-chave para esta gestão”, disse o gestor.
Frente Parlamentar
Na reunião, esteve presente a coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas e dos Institutos de Pesquisa, a deputada Beth Sahão, que também compõe o colegiado. A parlamentar falou sobre os pontos de convergência entre os colegiados.
Segundo Sahão, a principal expectativa é que o Governo do Estado de São Paulo invista em infraestrutura, profissionais e insumos. “Eu acredito que nós vamos ter um canal de diálogo som a Secretaria de Ciência e Tecnologia. Isso, para nós, é muito importante; mas cada vez mais vamos ficar atentos aos projetos que o Governo do Estado enviar para esta Casa, a fim de manter um grande debate”, disse a coordenadora da frente.
A parlamentar ainda destacou a importância e o desafio de manter os institutos de pesquisa, como o Butantã, que foi relevante na produção de vacinas, principalmente contra a Covid-19. Segundo Sahão, foi difícil fazer a vacina, porque o Butantã estava com escassez de pessoal e de concursos públicos, muitos pesquisadores se aposentaram e essa mão-de-obra não foi substituída.
“Não só os pesquisadores precisam ser valorizados, mas a infraestrutura dos institutos também. A pesquisa tem que ser pública, não dá para transferir essa responsabilidade para o setor privado, porque o setor público não quer visar o lucro, ele quer visar o bem-estar social, seja do Estado de São Paulo ou do resto do país”, finalizou a deputada.